terça-feira, 8 de março de 2022

Dia Internacional da Mulher

Você acha que este poster é referente à criação do Dia Internacional da Mulher (8 de março), instituído em 1975 pelas Nações Unidas?

Na realidade o poster representa Rosie, the Riveter (Rosa, a rebitadora, numa tradução livre), a estrela de uma campanha do governo dos Estados Unidos, destinada a recrutar mulheres para as indústrias de defesa durante a Segunda Guerra Mundial.

Ela se tornou a imagem mais icônica das mulheres americanas que entraram na força de trabalho em números sem precedentes durante a guerra, pois o alistamento militar masculino generalizado deixou muitos postos vazios na força de trabalho industrial. Entre 1940 e 1945, a porcentagem feminina da força de trabalho dos EUA aumentou de 27% para quase 37% e, em 1945, quase uma em cada quatro mulheres casadas trabalhava fora de casa.

Ainda que mulheres trabalharam durante a Segunda Guerra Mundial  em uma variedade de cargos anteriormente fechados a elas, a indústria aeronáutica foi quem recebei o maior aumento delas. 

Mais de 310.000 mulheres trabalhavam na indústria aeronáutica dos EUA em 1943, representando 65% da força de trabalho total da indústria (em comparação com apenas 1% nos anos anteriores à guerra). A indústria de munições também recrutou fortemente mulheres trabalhadoras.

Rosie, the Riveter foi baseada em parte em uma trabalhadora de numa fábrica de munições, mas foi, na realidade, uma personagem fictícia. A forte e determinada Rosie, com uma bandana protegendo os cabelos, se tornou uma das ferramentas de recrutamento mais bem-sucedidas da história americana e a imagem mais icônica de mulheres trabalhadoras durante a Segunda Guerra Mundial.

Em filmes, jornais, cartazes de propaganda, fotografias e artigos, a campanha Rosie the Riveter enfatizou a necessidade patriótica das mulheres ingressarem no mercado de trabalho e ajudar no esforço de guerra. 

Um dos papéis menos conhecidos que as mulheres desempenharam no esforço de guerra dos Estados Unidos foi o de Pilotos Femininos de Serviço da Força Aérea (Women’s Airforce Service Pilots, ou WASPs). Essas mulheres, que já tinham sua licença de piloto privado, se tornaram as primeiras mulheres a pilotar aeronaves militares americanas.

Eles faziam o translado dos aviões das fábricas para bases, transportavam carga e participavam de missões de simulação e alvos para treinamento, acumulando mais de 60 milhões de milhas voadas e liberando milhares de pilotos do sexo masculino para o serviço ativo na frente de batalha.

Mais de 1.000 WASPs prestaram serviço durante a guerra e 38 delas perderam a vida durante o conflito. Consideradas funcionárias do serviço público e sem status militar oficial, essas mulheres que morreram em serviço não receberam honras ou benefícios militares na época. Foi somente em 1977 que as WASPs receberam status militar completo e foram reconhecidas como Veteranas de Guerra.

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