Quem sou eu

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A mágica da Harley-Davidson

Há algo de mágico em ser proprietário de uma Harley-Davidson, que é quase impossível explicar para uma pessoa que não seja.
Parte da mágica é a camaradagem. Nós não vamos a uma revenda Harley-Davidson para comprar camaradagem, mas na estrada nos damos conta de como ela faz parte dos “equipamentos obrigatórios” da nossa Harley. Não é surpresa que nos tornemos tão apaixonados pela marca. Nós somos afortunados, como seres humanos, de termos esta camaradagem que as outras pessoas, muitas vezes, não entendem. Fazer amigos durante a infância ou adolescência é muita mais fácil do que fazê-lo depois de adultos.
Na fase escolar (escola/faculdade/academia militar), estamos todos juntos por muitas horas, todos os dias, em atividades comuns, o que facilita o desenvolvimento da amizade/camaradagem. Até mesmo a nossa pouca idade ajuda, já que não temos, naquela fase de vida, nenhum tipo de restrição ao relacionamento, que só vem depois das primeiras decepções que a vida adulta nos reserva.
Há adultos que simplesmente não conseguem fazer novos amigos depois de formados. Eles interagem com colegas de trabalho, sómente. São só colegas, não necessáriamente amigos.
Às vezes fica difícil fazer novos amigos, especialmente em cidades muito grandes, com todo o estress envolvido, a pressa, o imediatismo. É muito mais fácil iniciar uma conversação e desenvolver uma camaradagem com pessoas que tem o mesmo interesse comum.
É o caso dos proprietários de Harley-Davidson. Você encontra com uma pessoa que nunca viu antes, mas se sente à vontade para iniciar uma conversa, pelo simples fatos de que ambos (ou ambas) tem a mesma paixão. Sim, paixão. Por acaso você conhece alguém que tenha uma Harley e não seja apaixonado pela máquina? Eu nunca conheci um. É como se fossemos crianças/adolescentes, outra vez.
Eu morei em várias cidades, estados e até países diferentes, desde minha infância.
Mas nunca tive a oportunidade de me sentir “em casa”, tão rápido, como aconteceu quando cheguei em Santa Catarina, no início de 2006, depois de morar 10 anos fora do Brasil. Antes, todas as vezes que mudava de cidade, levava algum tempo para me ambientar, conhecer uma ou outra pessoa fora do trabalho e iniciar uma nova amizade.
Aquí não, aqui foi diferente. E não só pela forma hospitaleira com que o catarinense nos recebe.
Pouco depois que cheguei em SC, conhecí um cliente da empresa onde trabalho (hoje um grande amigo) e saímos juntos para almoçar. Estrito almoço de negócios. Mas ao entrar no carro (ele havia se oferecido por apanhar-me), notei o adesivo da Harley-Davidson na camionete. Bingo! Já começamos a falar sobre o assunto. Eu tinha uma Yamaha DragStar, na época, recém comprada. Mas imediatamente fui convidado a participar do grupo. Acho que o fato de que eu gostava de Harleys, ter Harley no sangue (meu pai foi Harleyro por muitos anos, quando jovem), veio à tona e me transformou em um Harleyro potencial.
Daí a comprar minha primeira Harley e ser aceito como um veterano neste grupo, foi um passo. E dos pequenos.
Digam: quem tem um atitude tão de camarada, como o pessoal de Harley, que vai com você buscar sua motocicleta nova, mesmo que não lhe conheça?
Surpreso? Pois aconteceu comigo. Vários Harleyros, que são meus amigos desde então, conhecí pela primeira vez quando foram me “escoltando”, de Balneário Camboriú até Curitiba (bons 450 km, ida-e-volta!), para buscar minha primeira Harley, uma Softail DeLuxe. E, aconteceu de novo, quando troquei por uma Ultra Glide.
Ser Harleyro é muito mais do que pilotar um veículo de duas rodas. É sentir-se parte de uma grande família, desde o momento em que você chega, pela primeira vez.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Carros novos obrigados a ter airbags

A Câmara dos Deputados aprovou, ontem (18/2), um projeto que inclui o airbag frontal para motorista e passageiro na lista de itens obrigatórios de carros, caminhonetes e picapes. A medida vai para sanção presidencial. Se ratificada, os veículos sairão de fábrica já com o equipamento (importados também estão sujeitos à medida). Carros em circulação não necessitarão fazer a adequação.O texto prevê um cronograma de adaptação, ainda a ser definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Diz que os airbags deveriam começar a ser instalados no primeiro ano após a regulamentação do conselho em novos projetos de veículos ainda não desenvolvidos e no quinto ano em projetos já existentes. O próprio conselho já discutia a obrigatoriedade do airbag e do freio ABS, que seria adotada por meio de regulamentação do órgão. Segundo Alfredo Peres da Silva, presidente do conselho e diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a ideia é que a produção de veículos com airbags seja gradativa até 2014, quando todos deverão sair de fábrica com o item. Novos projetos podem ter de se adaptar até 2012.A proposta do airbag constava no Código Brasileiro de Trânsito, mas foi vetada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) sob o argumento de que o equipamento seria obsoleto no futuro. Menos de 25% dos carros têm o equipamento no paísEspecialistas estimam que de 15% a 25% dos veículos vendidos no país tenham o item. Entre os carros populares, o índice cai para menos de 5%. A escala pequena de produção torna o preço do equipamento alto. Como opcional, o airbag sai por R$ 2.070 em uma marca de carro popular, enquanto outra marca diz oferecê-lo num pacote com freio ABS por R$ 2,8 mil. Em larga escala, o preço poderia cair de 8% a 10% – disse Ronaldo Ferreira, gerente de engenharia e desenvolvimento da Autoliv, uma das três companhias do ramo no Brasil. Estudo do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) aponta que, de 2001 a 2007, o uso do airbag poderia ter evitado 3.426 mortes de condutores de automóveis, vans e utilitários esportivos. Fonte: Diário Catarinense

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Petrobras assina termos de cooperação com a Marinha do Brasil

A Petrobras e a Marinha do Brasil assinaram nesta segunda-feira (16), no Ministério da Marinha, em Brasília, dois Termos de Cooperação, com o objetivo de aumentar o número de tripulações para a Marinha Mercante e elevar o nível de qualidade na formação dos homens e mulheres que tripulam os navios mercantes. A Marinha do Brasil será representada pelo Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga) e a Petrobras pelo seu Centro de Pesquisas (Cenpes). Os documentos prevêem o repasse de cerca de R$ 78 milhões, a serem aplicados nos Centros de Instrução para a modernização dos seus recursos instrucionais, aumento da capacidade de alojamento para alunos e ampliação do corpo docente da área do Ensino Profissional Marítimo. Os Termos de Cooperação terão a interveniência da Fundação de Estudos do Mar – Femar, com aval da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis -ANP e do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural - Prominp. Histórico A parceria da Marinha com essas Instituições é consequência da participação da Diretoria de Portos e Costas (DPC), desde 2004, nos trabalhos realizados pelo Prominp. Esta parceria procura soluções alternativas para aumentar a capacidade de formação de Oficiais da Marinha Mercante e, com isso, atender o crescimento da demanda de tripulantes para os próximos anos, proporcionado pela renovação e ampliação de nossa frota mercante e da expansão das atividades ligadas à exploração e produção de petróleo no mar. (veja o post "Faltam marinheiros no mar . . .")
A execução dos projetos, com conclusão prevista para os próximos três anos, vai proporcionar melhores condições de conforto e habitabilidade para os futuros Oficiais da Marinha Mercante e ampliar a capacidade de formação dos Centros de Instrução da Marinha. Com isso estarão asseguradas as condições para o atendimento da demanda de marítimos com as qualificações exigidas pelo desenvolvimento tecnológico do transporte marítimo e das atividades de pesquisa e exploração relacionadas com o petróleo. Assinam os documentos o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, e o diretor geral da ANP, Haroldo Lima.
Fonte: Agência Petrobras

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cidadão x Estado

Neste último fim de semana, fiz um passeio ao interior de São Paulo. Um grupo de 11 harleyros de Balneário Camboriú seguiu para Itapira, SP, para participar do 1o. Encontro do Harley-Davidson Country Side Group. Fotos em http://picasaweb.google.com/roquewj/ItapiraHDCountrySide?feat=directlink A qualidade das estradas e rodovias paulistas, em contraste com que se encontra na maioria dos demais estados, é impressionante. Daí vem a pergunta: como pode o cidadão defender-se do Estado? Explico: O Estado (seja ele federal, estadual ou municipal) tem todo tipo de instrumento à sua disposição para obrigar o cidadão a "cumprir com seu dever", pagando impostos, taxas, contribuições e toda a gama de nomes e apelidos que dão, como desculpa e motivo, para nos tirar o fruto do nosso trabalho. E quando não cumprimos, somos multados, arrestados, presos, expropriados, alienados e outros "ados" que temos por aí. O Estado usa sofisticados sistemas para controlar a nossa vida e assegurar-se que ninguém escape de suas garras tributárias. No caso das estradas, vias em precárias condições continuam a existir e o Estado não cumpre com sua obrigação em fazer a manutenção devida. Quando nós, cidadãos, deixamos de cumprir com as nossas "obrigações", a mão forte do Estado se faz sentir. Mas quando o Estado não cumpre com suas obrigações, como pode o cidadão obrigá-lo ou penalizá-lo? Deixe de pagar um imposto, taxa ou qualquer outro tributo: você será multado, o valor devido será corrigido, não importando quais motivos você possa ter tido, que o impediu de cumprir com tal obrigação (inclusive desemprego ou doença grave na família). Nenhuma desculpa tira a força do "coletor de impostos" e toda a máquina que o apoia (Tribunais, Polícia, etc.). Mas, e nós? Como podemos forçar o Estado? Como podemos puní-lo? Qual a diferença do cidadão brasileiro do século 21, para o pobre vassalo que sofria nas mãos dos senhores feudais da Idade Média? Eu não consigo ver a diferença, a não ser a nossa incompetência, como cidadão. Explico outra vez: os vassalos da Idade Média não elegiam seus senhores. Os senhores feudais se impunham, pela força. E nós os elegemos. E elegemos mal. Cada vez pior. Ou teremos que admitir que, definitivamente, somos um povo inferior? Que qualquer pessoa, por mais séria, honesta e ética que seja, é corrompida pelo poder e transforma-se nestes políticos corruptos, falsos, mentirosos, que povoam os palácios nacionais? Ou será que as pessoas sérias, honestas e éticas recusam-se, simplesmente, a entrar no jogo da política? E o que sobra é isto que vemos no noticiário do nosso dia-a-dia? Sempre aprendí que não se deve prejulgar ou generalizar conceitos. Mas como evitá-lo, quando se relaciona com o poder público? Garanto que cada brasileiro tem um caso, para contar, do abuso do poder público. Seja a rua sem calçamento, apesar do IPTU caro, seja as vias com buracos, estradas em péssimas condições de trânsito, sem sinalização ou com a sinalização errada, apagada, apesar dos impostos pagos. Ou os centros de saúde sem medicamentos, hospitais sem médicos, escolas sem professores. Mas, toda vez que há um acidente de grandes proporções, sempre aparece um funcionário público falando da "imprudência dos motoristas"! Mas ninguém fala das péssimas condições das estradas. Isto, sem falar na nova mania nacional: os radares e "pardais" que, como uma epidemia, tomaram conta das cidades. Além de ser uma afronta à inteligência de qualquer pessoa, por sua completa imbecilidade na forma como são instalados. Explico mais uma vez: se a rua ou avenida é construída para um trâfego de 60 ou 70 quilômetros por hora, por que a velocidade máxima, nos radares e "pardais", é sempre inferior? Como podem construir uma rodovia (como a BR-101 ou a Br-116, só para dar um exemplo na minha região), cujas velocidades máximas são 100 km/hora ou 110 km/hora e, de repente, sem qualquer motivo aparente, há uma placa solitária, humilde, mal conservada, atestando uma velocidade de 80 km? E, claro, um policial com um radar no tripé, logo após. Por que o resto do Brasil não pode ter as condições que tem as pessoas que vivem no Estado de São Paulo? Será por incapacidade, incompetência ou puro e simples descaso? As estradas paulistas são do mesmo padrão daquelas que se encontram na Europa ou na América do Norte. Mas, nos demais estados, parece que os engenheiros estudaram matérias diferentes nas suas faculdades. Pois não conseguem construir uma estrada com uma ponte (ou viaduto) no mesmo nível. Sempre há um "degrau", sempre há uma imperfeição. E depois, ficamos ofendidos quando nos chamam de subdesenvolvidos . . .

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Warren Buffet e Harley-Davidson

Warren Buffett tem seu nome associado à lendária Harley-Davidson, e já traz resultado
InfoMoney, 3/2/2009.
A crise já provou sua força sobre as grandes marcas internacionais. Empresas tradicionais, antes vistas como inatingíveis, ficaram de joelhos desde que os problemas se alastraram pela economia norte-americana. A GM é um bom exemplo do sonho americano que virou pesadelo. Outro selo lendário deste mercado que vem sofrendo é a Harley-Davidson.
Mas a companhia centenária fundada por Bill Harley e os irmãos Arthur e William Davidson conta com um forte aliado. Warren Buffett entrou em cena nesta terça-feira (3) e garantiu uma valorização de mais de 15% às ações do grupo ao ter seu nome associado à marca.
US$ 300 milhões
O mega-investidor não adquiriu participação na Harley-Davidson, como fez mais recentemente com Goldman Sachs e General Electric; irá emprestar cerca de US$ 300 milhões para o grupo, a juros de 15% ao ano.
Apesar de sentir a crise, a Harley não usará este dinheiro para cobrir prejuízo ou reforçar seu caixa. Destinará o montante a seus clientes, via estímulo ao financiamento de novas motos.
Marca forte, mas não imune
Os problemas de crédito são entrave para as vendas da empresa, muito dependentes das condições de financiamento. Os US$ 300 milhões de Buffett irão atuar diretamente sobre este foco, através do braço financeiro do grupo Harley-Davidson.
Para se ter uma idéia, as vendas da empresa caíram 2,3% no acumulado do ano passado, com recuo de quase 7% no quarto trimestre.
Na apresentação de seus últimos resultados, o CEO da empresa, Jim Ziemer, afirmou que "temos uma posição muito forte no mercado ancorada no poder de nossa marca, mas estamos certos que isto não nos torna imunes às condições econômicas".
Crise é parte da história
Além de impulsionar as ações - que já despencaram 80% desde seu pico em novembro de 2006 - o aporte de Buffett faz parte de uma estratégia de três pontos da fabricante de motocicletas para enfrentar a crise.
O objetivo é atuar sobre as condições de financiamento, cortar custos operacionais e fortalecer a marca da empresa. Os períodos de crise levam uma página especial na história da Harley-Davidson.
Foi na Grande Depressão de 1929 - na queda de 20% nas vendas - que a empresa decidiu mudar a cor original de suas motos, antes restritas ao verde oliva, para cores mais atuais, como algumas combinações de duas cores no tanque.
crédito da imagem: agência CNBC