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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

I love NY


Eu sempre gostei de New York. Desde os filmes que assisti na minha adolescência, continuando pelas dezenas de vezes que visitei a cidade.

A primeira vez estará para sempre na minha lembrança: um gélida manhã de janeiro de 1967, quando meu navio atracou no cais de Brooklyn, debaixo de muita neve.

O ícone acima é internacionalmente conhecido e bem representa o sentimento que as pessoas tem sobre New York.

Foi criado por Milton Glaser, 87 anos, um dos mais famosos desenhistas gráficos dos EUA, em 1977.

Milton Glaser no seu estúdio na Rua32 Leste, onde trabalha desde 1965. 
Num artigo publicado por John Leland, publicado no New York Times deste fim de semana, me fez reviver as 4 décadas de passagens por esta cidade icônica, que tanto representa os Estados Unidos, sem mostrar realmente o que são os Estados Unidos.

No artigo, o jornalista menciona que Milton Glaser ainda está preocupado com a cidade onde nasceu e sempre viveu: "Esta cidade, disse ele, está em uma crise causada por seu próprio sucesso. Se eu tivesse de desenhar um sucessor para o logotipo do coração, explicou, gostaria de uma maior sensação de justiça an cidade, seja o que for isso."

Quando criou o logotipo icônico, "a cidade esta ficando muito sombria," diz Glaser. Segundo ele havia muitos crimes e problemas econômicos graves. As pessoas estava deixando a cidade e havia uma sensação de qua a vida lá não iria melhorar.

Sobre o logotipo, Glaser diz que o conceito foi uma reação a uma sensação de decadência da cidade. Se New York era uma bagunça que não merecia amor, isso só a tornava o tipo de lugar que um certo tipo de nova-iorquino diria, com orgulho, amar.

O logotipo é uma junção de uma palavra (I = Eu), um símbolo (o coração) e as iniciais de um lugar (NY). Acontecem, então, três atos de transformação. A pessoa tem que usar um pouco o cérebro para traduzir o logotipo, mas quando o faz é óbvio, todos entendem.

O logotipo foi esboçado numa folha de papel, dentro de um táxi. Este original está em exposição no Museu de Arte Moderna (MoMA) de New York. Milton Glaser recebeu US$2000 pelo trabalho que gera cerca de US$ 1 milhão por ano para o Estado de Nova York em taxas para o uso da marca.

Eu vi a cidade sair da quase falência e uma taxa de criminalidade elevada, para retomar sua posição de cidade mais famosa do mundo, onde as pessoas podem caminhar com segurança em qualquer hora do dia.

Talvez a população do Rio de Janeiro possa aprender algo com esta experiência, se tiverem a coragem para isto.

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