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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Harley-Davidson Street 750 Será Exportada Para Europa

A Harley-Davidson India começará a produzir a nova Street 750 em sua planta de Bawal, Haryana, no segundo trimestre de 2014 e pretende exportar o modelo para o mercado europeu.

2014 Harley-Davidson 750 Street
A Índia é o único país a produzir a nova motocicleta HD, montada na plataforma da nova família "Street" e será o primeiro produto a ser exportado de lá.

Anoop Prakash, Diretor-Gerente da H-D India, comentou em uma entrevista que as entregas da nova linha Street começarão em April ou Maio de 2014 e que o modelo será exportada para a Itália, Portugal e Espanha. A produção para 2014 está estimada entre 7.000 e 10.000 unidades.

Anoop Prakash, H-D India e Matthew Levatich, President & COO, HDMC, Inc.
A Índia já está na lista de fornecedores mundiais da HDMC e a planta localizada no país receberá investimentos importantes no próximo ano, para produzir partes e componentes que serão utilizados na linha Street.


A H-D India inaugurou mais dois revendedores esta semana e deverá alcançar 16 concessionários funcionando já no início de 2014.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Dia de Ação de Graças



A última quinta-feira do mês de Novembro é a data em que se comemora o Dia de Ação de Graças. Neste dia, o mais importante acontecimento familiar nos Estados Unidos, as famílias se reúnem para agradecer por todas as graças alcançadas.

Ainda que não seja um costume brasileiro, acabei por incorporar este momento na minha vida e sempre me lembro de agradecer a Deus pela felicidade que a vida me tem concedido.

Agradeço pela maravilhosa família que tenho; por meu filho, por minha esposa, pelos meus irmãos e sobrinhos, por minha nora, pelos netos queridos.

Agradeço pelas pessoas maravilhosas que compartilham e compartilharam da minha vida.

Agradeço pelos pais queridos que tive e que me deram uma educação da qual tenho muito orgulho.

Desejo a todos que acompanham este blog, meus melhores de votos de um Feliz Dia de Ação de Graças.

Harley-Davidson Vehicle Operations - York, PA.


No dia 14/11 fizemos o Steel Toe Tour Vehicle Operations.



O Steel Toe (expressão americana que significa bota de segurança com biqueira de aço) Tour é uma visita diferenciada, onde o visitante literalmente acompanha todo o processo de montagem das motocicletas.

No caso da planta de York, Pennsylvania, as linhas Touring - incluindo o Tri Glide - Softail e CVO.

Já havíamos visitado a planta em 2011, conforme postado aqui. Mas desta vez a visita foi mais ampla e seguimos toda a linha de montagem, deste a estampa dos paralamas e tanques, até o embarque das motocicletas destinadas às revendas e ao exterior.

A visita tem que ser programada com antecedência (recomendo 30 dias antes) e custa US$30 para membros do HOG. Há somente duas visitas por dia, de segunda a quinta-feira e os grupos são pequenos. 
Começou com um vídeo institucional mostrado no auditório do Visitors Center. Em seguida recebemos os EPI para a entrada na área de produção (óculos de segurança, biqueira de aço para colocar sobre os sapatos, colete de segurança) e um intercomunicador. Este aparelho permite escutar o guia, conversar com ele e entre os participantes. É necessário, pois em algumas áreas o barulho das máquinas é relativamente alto.

Inicialmente visitamos a área de estamparia, onde são conformados os paralamas e as duas metades que compõem os tanques. Todo o aço utilizado na fabricação das Harley-Davidson é made in USA, não se usando aço importado. As chapas de aço tem uma coloração azulada, resultado do tratamento anticorrosivo realizado já na laminação.

Depois de estampados, os paralamas e metades dos tanques são passados para a área de corte a laser, onde os excessos são retirados e os orifícios para instalação no chassis e colocação de componentes são abertos.

Metade de um tanque, depois de estampado e antes do corte a laser.
Paralamas já recortados e perfurados a laser.
As partes estampadas seguem, depois, para a área de pintura. Inicialmente todas as partes são lavadas quimicamente, para retirar qualquer resíduo indesejável. Depois são polidos, inspecionados manualmente e enviados para pintura. A primeira parte é a aplicação do primer. Depois todas as partes recebem uma carga de eletricidade negativa que promove a perfeita adesão da pintura. Em seguida, passa pelo primeiro tunel de pintura, onde pintores aplicam a tinta nas áreas onde os robôs não conseguem pintar. 

Tanques preparados para a primeira camada do processo de pintura.
Na sequência, as partes retornam ao túnel de pintura, onde recebem as várias camadas de tinta, aplicadas por robôs, seguidos da secagem nos fornos à gás. 

Após a pintura e antes da aplicação dos detalhes de filamentos na pintura, decalques e/ou medalhões, cada tanque é testado pneumáticamente para constatar que não há qualquer vazamento. Se houver, o tanque o descartado e sucateado.

A parte final da pintura é o polimento e aplicação dos filamentos e decalques, feito por funcionários trabalhando dentro de uma área à prova de poeira. Cada empregado recebe um "banho" de ar antes de entrar no recinto e usam roupas especiais para proteger o ambiente em que estão os componentes.


O processo de pintura de cada motocicleta leva 12 horas, nos modelos com duas cores ou dois tons, e 7 horas se for uma só côr. O mesmo processo é realizado no quadro das motocicletas.

A fabricação dos quadros é outra área em que pudemos acompanhar detalhamente todo o processo.
Os tubos vem em tamanhos de 20 pés (aproximadamente 6 metros) e são cortados para compor cada um dos componentes. Depois são montados em gabaritos e soldados por robôs. Após a soldagem, cada quadro é inspecionado por um soldador qualificado. Se houver alguma falha o funcionário faz a devida correção, registrando no computador o local da falha. Se houver um número de falhas acima da tolerância admitida (que é muito baixa!), a linha é parada e os robôs são recalibrados. 


Instalando o sistema motor no quadro.
A montagem das motocicletas se inicia com a instalação do motor (vindos da fábrica em Milwaukee, WI) no quadro. Todo o sistema de transporte é realizado por carrinhos automatizados, que seguem por trilhas magnéticas marcadas no piso. Há semáforos que indicam aos pedestres se é permitida a passagem pela rota dos carrinhos.

Durante todo o processo de montagem, cada passo é registrado no computador, através da leitura de códigos de barras e lançamentos feitos pelos funcionários.

Vista geral da linha de montagem em York, PA.
A fábrica funciona no sistema just in time, e o inventário de componentes é suficiente para cerca de quatro horas de trabalho. Assim, o movimento de carretas descarregando as peças (vindas das várias fábricas da Harley-Davidson e dos fornecedores terceirizados) é constante. O mesmo acontece com as carretas que saem, tranportando as motocicletas prontas para a revendas ou para o exterior.

Todas as fases de montagem nos foram mostradas na fábrica, com várias paradas durante o percurso para vídeos adicionais e oportunidade para tocarmos, literalmente, em vários componentes das motocicletas. 

Na fase final da linha de montagem, as motocicletas já prontas são colocadas nosestandes de testes, onde tem os motores acionados, com as rodas girando em grandes rolos de material sintético, reproduzindo as condições em uma rodovia, inclusive os esforços na suspensão. Não é colocado combustível nos tanques. O combustível é fornecido por mangueiras conectadas diretamente 


A bancada de teste, com dinamômetro. Cada motocicleta é testada individualmente.

Alguns modelos são, adicionalmente, verificados em circuito fechado e em ruas da cidade, fazendo um percurso total de 25 milhas (40 km) em condições diversas de pavimentação. Este processo, chamado de Auditoria de Produção, é feito em 5 motocicletas diáriamente, escolhidas aleatóriamente na linha de montagem.

As motocicletas são montadas segundo critérios específicios para cada região: Estados Unidos em geral, Califórnia, Canadá, Europa, Ásia (Japão e China), Índia e América do Sul. As unidades destinadas ao Brasil são enviadas em partes (sistema CKD) e montadas na linha de montagem de Manaus.


Área de expedição de motocicletas exportadas.
Foi mais uma experiência gratificante, envolvendo a marca Harley-Davidson. Como consumidor e admirador da marca, fiquei impressionado com a preocupação com a qualidade em todas as etapas de fabricação e montagem das motocicletas Harley-Davidson. O que ví me deu mais confiança, ainda, na marca que escolhi para rodar com a minha querida.

Para encerrar a postagem, a única foto tirada durante a visita. O fotográfo foi o próprio guia da HDMC, usando uma câmera da fábrica.


Eu e a Rô (à esquerda), com os outros participantes da visita.


As demais fotografias mostradas nesta postagem são cortesia da HDMC, Inc.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Rebeca, Uma Tremenda Gata de 16 Anos


Já escrevi sobre minhas gatas, aqui.

Eu gosto de animais, qualquer animal. Mas os gatos, sei lá, tem um energia diferente que me atrai. Talvez seja sua independência, sua atitute, sua personalidade. Com certeza, sua sensibilidade.

As minhas gatas sabem quando estou contente e quando estou em baixa, triste. Elas também sabem reconhecer as boas pessoas e me alertam sobre aquelas que, talvez, não sejam assim tão boas.

Vivo com a mais velha, Rebeca, desde Janeiro de 1997. Isto mesmo, Rebeca é uma tremenda gata siamesa de quase 17 anos ou quase 84 anos na cronologia felina.

Rebeca com 3 meses de idade.
Neste sábado, regressamos de nossa viagem de férias de 15 dias e encontramos a Rebeca muito doente.

Ela não havia ficado sózinha, é claro. Tinha a companhia de sua irmã de criação, Raquel, uma belíssima Pelo Curto Americano de 11 anos.

Além disso, uma amiga, Jô, vinha em dias alternados visitá-las, completar a comida, a àgua, limpar a caixinha de areia e brincar um pouco com elas.

Mas a Rebeca estava enferma e não sabíamos. Gatos disfarçam bem suas doenças e quando demonstram, já estão bem enfermos. Também não sabíamos disso.

A Rebeca sempre foi uma gata muito saudável e visitava o veterinário sómente para as consultas preventivas (vacinação, exames periódicos). Nunca ficou doente.

Rebeca

A nossa surpresa foi grande, quando chegamos em casa e vimos o estado em que ela se encontrava: caquética, é o termo médico.

Caquexia é uma síndrome complexa e multifatorial que se caracteriza pela perda de peso, atrofia muscular, fadiga, fraqueza e perda de apetite, ou seja, uma desnutrição aguda. 

Ficamos sabendo, mais tarde, que era consequência de uma deficiência renal, que foi mal diagnosticada no início do ano, durante um exame de rotina. Identificada como uma deficiência menor, que necessitava sómente de troca da ração, revelou-se ser uma deficiência grave que necessita de uma atenção maior.

Não acredito muito em coincidências. Creio, mais, que as coisas não acontecem por acaso. Diferente dos últimos anos, quando sempre passamos um mês inteiro fora de casa, desta vez ficamos apenas 16 dias ausentes. Se fosse o tempo normal, provavelmente não encontraríamos a Rebeca com vida.

Por sorte, vivemos numa cidade que tem profissionais médicos veterinários competetentes e dedicados. Pelo menos a maioria é. Alguns, nem tanto. A veterinária onde levávamos as nossas gatinhas, nos últimos 8 anos, não atende o telefone de emergência, nem retorna as ligações em fins de semana. Azar dela. Perdeu duas clientes e nossas referências.

Em compensação, por indicação de um amigo Harleyro, que também é médico veterinário, descobrimos uma Clínica Veterinária bem próximo de nossa casa, que tem plantão 24 horas. Fomos atendidos imediatamente e este atendimento deu à Rebeca uma oportunidade de lutar por sua vida.

E este é o tema desta postagem. Mais uma vez, aprendi com as minhas gatas. Relembrei que devemos sempre lutar e nunca se entregar. Conceitos que aprendi na infância e na adolescência, mas que, às vezes, tendemos a esquecer.

A Rebeca me fez recordar disso. Na condição de extrema fraqueza em que se encontrava, fez um tremendo esforço para ficar em pé e nos receber com a mesma alegria com que sempre nos recebeu quando regressamos de uma viagem, por menor que tenha sido. Mas este pequeno gesto dependeu de um esforço físico tão grande, naquele momento, que teve espasmos musculares intensos.

Na Clínica, foi tratada com muito profissionalismo, agregado de um carinho contagiante. Observamos isto em todos os profissionais aque atuam lá - e são vários. E o procedimento é o mesmo com todos.

A Rebeca está se recuperando. Mostrou ser uma guerreira, que sabe lutar por sua vida e reage bem ao apoio das pessoas que a amam. 

Sabemos que está velhinha e que o tempo restante dela nesta dimensão é, cada dia, mais curto. 
Mais isto não importa. Já não importa. 

O que importa, agora, é que ainda a temos conosco. Deverá voltar para casa só dentro de alguns dias. Vai necessitar de uma atenção ainda maior de nós. E terá. Eu e a Rô daremos a ela muito mais amor e carinho, de agora em diante.

Neste episódio ela nos ensinou uma lição muito grande de amor. Que se manifesta de muitas formas. Até mesmo quando sua gatinha faz um tremendo esforço físico para demonstrá-lo.

Obrigado, Rebeca.

domingo, 17 de novembro de 2013

Back to the Old and Good USA

Passar uns dias no Canadá foi muito divertido, especialmente visitar cidades que frenquentei com alguma assiduidade, durante os meus tempos na Marinha. A verdade é que quando naveguei pelo Canadá, em pleno inverno, as temperaturas eram muito mais rigorosas do que as que encontramos neste meados de outono.

Voltando para os Estados Unidos, passamos pela região das Mil Ilhas ( Thousand Islands), um arquipélago formado por 1.864 ilhas espalhadas na região da fronteira entre os EUA e o Canadá, no Rio São Lourenço, ao ser formar pelas águas vindas do Lago Ontario.

As ilhas se espalham por 80km ao longo do rio, algumas dentro da Província de Ontário, no Canadá e outras dentro dos limites do Estado de New York, nos EUA.

As 1.864 ilhas variam em tamanho desde as maiores, com cerca de 100 km2 (o dobro da área de Balneário Camboriú, SC) até pequenas ilhotas ocupadas por sómente uma residência e rochas habitadas sómente pelas aves aquáticas, frequentes na região.

Para ser considerada uma ílha, o acidente geográfico deve cumprir com três requisitos:
  • Estar acima do nível da água durante todo o ano.
  • Ter uma área maior que um pé quadrado (0,093m²).
  • Ter pelo menos uma árvore viva.
Saímos de Montreal na terça-feira, dia 12/11 e nossa primeira parada foi na Harley-Davidson Montreal, que estava fechada no domingo e na segunda-feira.


Dali seguimos na direção oeste pela Auto Route 20. O tempo estava frio mas ainda sem neve ou chuva.

220km depois, na altura de Brockville, ON, saímos da rodovia 20 e entramos na 1000 Islands Parkway, que percorremos por cerca de 30km até chegarmos na ponte da Rodovia 137 que, depois da fronteira, transforma-se na I-81.









Thousand Islands Bridge, Ontario, Canadá
Depois de cruzarmos a fronteira e reentrarmos nos Estados Unidos, continuamos o passeio, desta vez já no Thousand Islands National Park.








Entramos no Estado de New York e seguimos pela I-81 na direção sul. Aí, começou a nevar.






 Quando chegamos a Syracuse, NY, a neve já se estava acumulando bem e ainda aumentava de volume.

Performance Harley-Davidson, Syracuse, NY.



Para encerrar o dia, paramos para um bom café no Starbucks, culminando com um ótimo jantar de frutos do mar, no Red Lobster.







terça-feira, 12 de novembro de 2013

Montreal, QC

Montreal foi uma cidade que sempre fez parte das recordações do meu tempo ativo na Marinha, por várias razões. A principal delas, sem dúvida, pelo recorde de temperatura mais baixa da minha carreira: -35C.

É, é muito frio e, para nós não acostumados, um aprendizado árduo. Mas as dicas daqueles que já haviam navegado por estas águas em outros carnavais, ajudaram muito para uma rápida adaptação climática.

As minhas lembranças sempre mostram dias nublados, com chuva ou neve, muito frio e muito trabalho à bordo.

Mas desta vez, mesmo com tempo nublado, uma chuva fina que se transformava em neve e voltava a ser chuva, pareceu para mim como um radiante dia de sol. E aproveitamos a cidade no que ela nos tinha a oferecer de melhor: civilização. Uma cidade limpa, ordeira, educada. Pessoas agradáveis, procurando tornar sua experiência na sua terra um fato agradável. E foi isto que aconteceu.

Eu gosto das cidades que mantém suas tradições, sem desmerecer o moderno e contemporâneo. Montreal é assim:






Os parques são bem cuidados e a sensação de segurança na cidade é tranquilizante.




Não poderia deixar de visitar a região portuária, onde estive tantas vezes, no passado.





A parte antiga de Montreal consegue manter o tradicional convivendo harmoniosamente com o moderno.





Visitamos a Basílica de Notre Dame, uma beleza arquitetônica.




Foi bom te ver de novo, Montreal.