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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Harley Explica Porque Processou o Grupo Izzo

O site Motociclismo.terra publicou nota da Harley-Davidson, explicando as razões da ação movida contra o Grupo Izzo. A nota diz o seguinte: “A satisfação dos consumidores é a prioridade número um da Harley Davidson. Nossa reputação é uma das mais reconhecidas e nossa marca, das mais icônicas do mundo, e isso depende da oferta de melhor serviço ao cliente possível que a Harley-Davidson e seus distribuidores podem prestar.Recentemente, nós tomamos conhecimento que nosso revendedor exclusivo no Brasil está violando o contrato com a Harley-Davidson, tirando o foco da experiência de consumo, afetando diretamente nossos consumidores e marca. As violações de contrato, problemas de desempenho e falta de foco na marca Harley-Davidson levaram a níveis crescentes de insatisfação dos consumidores no Brasil, e eles têm sido extremamente vocais sobre suas experiências. Após muitas tentativas de remediar a situação diretamente com o distribuidor, que se recusou a reparar a infração do contrato, a Harley-Davidson decidiu tomar providências legais para assegurar que seus consumidores sejam bem atendidos. Em 15 de março, um juiz da 26ª corte do Estado de São Paulo concordou com que a Harley-Davidson encerrasse o contrato atual com a HDSP em 120 dias. Este é o primeiro passo em permitir que a Harley-Davidson selecione novos distribuidores e garanta que as necessidades dos consumidores sejam supridas. A Harley-Davidson está comprometida em fazer o que for necessário para assegurar que os consumidores no Brasil recebam o melhor possível.” Harley-Davidson Motor Company Entenda o processo:
  • Ação movida pela Harley-Davidson Motor Company, Harley-Davidson Michigan LLC e Harley-Davidson Brasil Ltda., contra a HDSP Comércio de Veículos Ltda., empresa do Grupo Izzo e representante exclusivo da marca Harley-Davidson no Brasil. A ação foi ajuizada no Tribunal de Justiça de São Paulo. O processo nº 583.00.2010.121472-2 foi publicado no Tribunal de Justiça e requer a quebra de contrato entre as empresas.
  • Em 15 de Março de 2010, o Juiz encarregado deu liminar à Harley-Davidson, permitindo a rescisão do contrato de exclusividade com o Grupo Izzo, dando um prazo máximo de 120 dias para que as concessionárias existentes comercializar as motocicletas da marca.
  • O Grupo Izzo, até o momento, não divulgou nota à imprensa sobre o assunto.

Algumas ações tomadas recentemente pelo Grupo Izzo demonstram a severidade da decisão da Harley-Davidson em rescindir o contrato.

A primeira ação foi separar, físicamente, a área de vendas das motocicletas H-D, da área de venda das outras marcas. No caso da revenda de Curitiba, uma parede de tijolos foi erguida.

Neste último fim-de-semana, o Grupo Izzo promoveu uma liquidação de motocicletas, acessórios e roupas da marca Harley-Davidson, dando a entender que não há volta na decisão da montadora americana, ainda que o Grupo Izzo tenha direito de defesa garantido e deverá recorrer da decisão proferida pelo Juiz do caso.

Para nós, consumidores, a situação continua muito delicada. Quem adquiriu alguma motocicleta, recentemente, e ainda não conseguiu o licenciamento, fica na dúvida sobre o que pode ocorrer.

Por outro lado, quem tem motocicleta ainda em garantia, fica sem saber se o Grupo Izzo vai honrar o atendimento em garantia e por quanto tempo.

As reclamações dos proprietários de motocicletas Harley-Davidson contra as concessionárias existentes no país, chegaram a níveis elevados e com várias ações legais. O Ministério Público do Rio Grande do Sul entrou com denúncia contra a revenda Harley-Davidson de Porto Alegre (e ao Grupo Izzo), por crônicas infrações ao Código de Defesa do Consumidor.

Os blogs e sites de motociclismo, no Brasil, registram centenas de postagens de motociclistas reclamando contra o mal atendimento dos atuais representantes da marca.

Como harleyro e consumidor, espero que o embate jurídico se resolva com brevidade, para que não prossigamos neste "limbo" onde nos encontramos agora e que, finalmente, tenhamos o atendimento − como cliente e como consumidor − que temos o direito de ter.

Veja as postagens dos dias 19, 22 e 25 de Março, sobre o assunto.

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