Nos últimos anos, o
MUSAL incorporou ao seu acervo, através de doações de nações amigas, aeronaves
como os citados F-104 e Jaguar. No passado, através de trocas entre
instituições, outros aviões estrangeiros chegaram ao Musal, caso do F-86 Sabre.
Ocorre que o museu não
deixou de receber também, aeronaves operadas pela Força Aérea Brasileira como o
Mirage 2000/F2000, Embraer CBA-123, EMB-120 Brasília, EMB 314 Super Tucano,
Boeing 737-200 ex-GTE (o eterno “Breguinha”), aeronaves protótipos da Embraer,
etc.
Essa situação
descaracterizou a organização e exibição das aeronaves dentro de um cenário
idealizado por museólogos e demais profissionais que auxiliam na administração
do MUSAL, e que considera como adequado o número máximo de 80 aeronaves.
Somado a isso, uma ordem
da Força Aérea Brasileira determinava que aquela OM só deveria contar em seu
acervo, prioritariamente, com exemplares de aviões, helicópteros e demais itens
aeronáuticos, dentre aqueles operados pela FAB.
Há um ano praticamente,
na quarta-feira de cinzas do Carnaval 2018, o MUSAL foi atingido por uma
tempestade tropical que causou graves danos nos telhados dos hangares e
pavilhões da instituição.
A chuva forte destruiu
completamente o dirigível da Air Ship do Brasil, na ocasião ancorado nos
gramados do MUSAL após viagem promocional até a capital carioca partindo do
interior de São Paulo.
Começava aí uma batalha
para alocar recursos destinados a reconstruir as instalações atingidas. A
primeira medida foi manobrar quase a totalidade do acervo de aeronaves para o
pátio anexo do MUSAL, deixando-as expostas ao ar livre por meses enquanto as
reformas acontecem (não estão finalizadas ainda).
Aproveitando a
oportunidade, também foi decidida a troca do piso dos hangares por um novo em
material epóxi, uma nova pintura de todo o interior e exterior, e a colocação
de novas telhas especiais “térmicas” capazes de auxiliar enormemente na
luminosidade e controle de temperatura dentro das instalações.
O MUSAL vem trabalhando
para apresentar novidades durante a inauguração das obras de reformas,
previstas para acontecer em outubro próximo quando se comemora o Dia do Aviador
e da Força Aérea Brasileira com um grande show aéreo no MUSAL.
Espera-se que, até lá, a
nova sala de itens históricos do 1º Grupo de Aviação de Caça esteja
reposicionada, revista e ampliada, contando com novos recursos lúdicos como,
por exemplo, um dos caças P-47 Thunderbolt que voaram na Itália fazendo parte
de uma bem elaborada cena histórica que recria o ambiente da campanha na
Itália, entre outras novidades.
Fundada em 1972, a Helisul
iniciou suas atividades na cidade de Foz do Iguaçu.
Com uma estrutura
completa de hangares, administrativo, equipes de manutenção e pilotos altamente
capacitados, a Helisul ampliou suas atividades e hoje atua em diversas regiões
do Brasil.
A empresa possui larga
experiência na prestação dos serviços de manutenção, locação e gerenciamento de
aeronaves (aviões e helicópteros) e transporte aeromédico entre outros, com
frota própria é composta por mais de 40 aeronaves.
Possui bases fixas nas
cidades de Curitiba, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Rio de Janeiro e São José
dos Pinhais (Aeroporto Afonso Pena). Além de bases de manutenção em Brasília,
Belém e São Luís. E uma futura base fixa em São Paulo (Aeroporto de Congonhas).
A Helisul tem no seu
proprietário, o empresário Eloy Biesuz, um famoso e reconhecido entusiasta da
aviação.
A fazenda do executivo,
localizada na comunidade de Barra Grande, em Itapejara D´Oeste, Região Sudoeste
do Paraná, abriga uma frota de aeronaves comerciais clássicas, incluindo aí um
Boeing-737/200 prefixo PP- SMH, que pousou pela última vez em Brasília no dia
15 de janeiro de 2005 (mantido completamente funcional assim como um Learjet
23A).
A coleção do empresário
também apresenta dois bimotores Douglas DC-3/C-47 Dakota, aeronaves usadas em
larga escala como transportes durante a 2ª Guerra Mundial, e que voaram
bastante no Brasil, especialmente nas rotas amazônicas, até a década de 1970.
Comenta-se que a Helisul
estaria estruturando a criação de um museu aeronáutico, mas não se sabe ainda
se será aproveitada a instalação existente na fazenda de Eloy Biesuz (que tem
um caráter mais particular, apesar de aberta a visitação em dias de semana), ou
se a empresa pretende criar uma instalação dedicada em Bacacheri para receber
aeronaves históricas.
O JU-52
encaixotado, em reserva técnica do MUSAL, já se
encontra em Bacacheri, assim
como os caças fotografados.
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Caríssimo, muito interessante seu artigo. Por sinal, vi hoje sobre uma carreta o Sepecat Jaguar perto do terminal do Santa Cândida. Será que está voltando ao Musal?
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