A
polícia do Rio indiciou executivos das três maiores distribuidoras de
combustíveis do Brasil pela venda de etanol adulterado a postos de combustível. Os três são
suspeitos de crimes tributários, ambientais e contra o consumidor.
O caso
foi descoberto em novembro, após fiscalização da Agência Nacional do
Petróleo encontrar etanol adulterado em postos da BR
Distribuidora, da Shell e da Ipiranga em postos no Rio de Janeiro.
O
produto continha altos teores de metanol, um produto tóxico usado para a
produção de biocombustíveis, cuja ingestão pode levar à morte.
Em
inspeção nas bases de armazenagem das distribuidoras, foram achados 10,6
milhões de litros do combustível fora dos padrões, numa das maiores apreensões
de combustível adulterado do país.
De
acordo com os laudos, foram recolhidas amostras com até 14,3% de metanol
misturado ao etanol –quase 30 vezes mais do que o 0,5% permitido pela
legislação.
No
relatório entregue ao Ministério Público, a polícia propõe o indiciamento de Luiz
Renato Gobbo, diretor da Raízen (dona da marca Shell), Patrícia Moreira
Rodrigues (gerente da BR) e José Augusto Dutra Nogueira (diretor da Ipiranga).
Os três
são suspeitos de crime ambiental, por produzir e vender produtos tóxicos em
desacordo com a legislação, revender combustível em desacordo com as
especificações da ANP e vender produtos em condições impróprias para o consumo.
Na época
da apreensão, as empresas argumentaram que todo o produto havia sido adquirido
da Usina Canabrava, em Campos dos Goytacazes, que seria a responsável pela
mistura do metanol.
A Polícia sustenta que as distribuidoras são responsáveis por garantir a
qualidade do combustível entregue aos postos e não realizam testes suficientes.
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