Notícia
veiculada na imprensa indica que a ANTT vai autorizar as concessionárias de
rodovias federais a aumentar o valor das tarifas de pedágio, por conta da
chamada “Lei dos Caminhoneiros”.
O aumento deve entrar em vigor em até 90 dias.
O Festival
de Besteira que Assola o País, obra prima de Sergio Porto (o Stanislaw Ponte
Preta, falecido em 1968), recebeu uma contribuição importante com esta lei,
como postei aqui.
Típico do
governo mais medíocre da história republicana brasileira, esta lei contempla um
absurdo horrendo — a permissão de carga
além da capacidade do veículo e das rodovias (peso/eixo) — além de isentar
o veículo pelo pagamento do eixo que não estiver em contato com o solo, no
momento em que passar pela cabine do pedágio.
Incapaz de
apresentar uma agenda minimamente coerente para o modal, a reação inconsequente
e incompetente do governo federal à paralização dos caminhoneiros foi conceder
estes “privilégios”, como se o beneplácito fosse resolver os terríveis
problemas estruturais da atividade.
Como isto infrige
os termos dos contratos de concessão, o resultado não poderia ser outro:
aumento na tarifa do pedágio, para todo mundo que trafega nas rodovias
federais.
É justo? É, com certeza. A sociedade sempre paga pelos
desmandos dos governos que elege.
O transporte
rodoviário de carga, um equívoco endêmico na logística nacional, continua a
passos fortes no projeto de destruir o que resta da ínfima infraestrutura de
transporte do país.
Com
combustível subsidiado (quem usa álcool ou gasolina paga a diferença), o
sistema de transporte mais oneroso que existe (tonelada/quilometro) vai
continuar a causar acidentes graves e avariar a pavimentação das rodovias
brasileiras.
E nós, como
sempre, pagaremos a conta.
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