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sábado, 20 de dezembro de 2014

Menos caminhões nas estradas


Cada vez mais empresas têm aderido ao transporte marítimo de mercadorias pela costa do Brasil. As vantagens como baixo risco de roubo de carga e preço diferenciado atraíram cada vez mais clientes para o modal. A cabotagem (tráfego marítimo entre portos do mesmo país) tem crescido cerca de 20% nos últimos anos, com cargas que eram majoritariamente transportadas por rodovias. A modernização de alguns dos principais portos do país e a nova regulamentação do setor rodoviário contribuíram para este resultado.

O Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain) fez uma pesquisa com 123 profissionais da área de logística de algumas das maiores empresas de varejo e indústria. O resultado foi uma nota de 7,3 de aprovação da cabotagem. Mais da metade das empresas (61%) quer aumentar o volume de carga transportada pelo modal em cerca de 45%. Apenas 6% das empresas querem reduzir os carregamentos. 

Apesar das melhorias nos portos, o que atraiu as empresas, ainda existem barreiras que prejudicam o setor.  As principais reclamações são da falta infraestrutura dos portos, excesso de burocracia do governo, demora na entrega dos produtos e a falta de integração com os outros modais.

Segundo o presidente da ABAC (Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem), o setor atende cerca de 1500 empresas, sendo que 800 realizam embarques com regularidade. 


A Aliança Navegação, empresa brasileira do Grupo Hamburg Süd, é a líder no transporte marítimo de containers entre portos brasileiros e renovou sua frota para atender à demanda do mercado. 

Com o investimento de R$ 700 milhões, importou quatro navios com capacidade de 3.800 TEU (Twenty Equivalent Unit: equivalente a um container de 20 pés, aprox. 6 m de comprimento) e dois de 4.800 TEU. 

A empresa conta hoje com 11 navios e atua em 14 portos desde Buenos Aires até Manaus. A empresa movimentou 347 mil TEU em 2014, número 22% maior do que o volume de 2013.

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