Cada vez
mais empresas têm aderido ao transporte marítimo de mercadorias pela costa do
Brasil. As vantagens como baixo risco de roubo de carga e preço diferenciado
atraíram cada vez mais clientes para o modal. A cabotagem (tráfego marítimo entre portos do mesmo país) tem crescido cerca de
20% nos últimos anos, com cargas que eram majoritariamente transportadas por
rodovias. A modernização de alguns dos principais portos do país e a nova
regulamentação do setor rodoviário contribuíram para este resultado.
O Ilos
(Instituto de Logística e Supply Chain) fez uma pesquisa com 123 profissionais
da área de logística de algumas das maiores empresas de varejo e indústria. O
resultado foi uma nota de 7,3 de aprovação da cabotagem. Mais da metade das
empresas (61%) quer aumentar o volume de carga transportada pelo modal em cerca
de 45%. Apenas 6% das empresas querem reduzir os carregamentos.
Apesar das
melhorias nos portos, o que atraiu as empresas, ainda existem barreiras que
prejudicam o setor. As principais
reclamações são da falta infraestrutura dos portos, excesso de burocracia do
governo, demora na entrega dos produtos e a falta de integração com os outros
modais.
Segundo o
presidente da ABAC (Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem), o setor atende cerca de 1500 empresas, sendo que 800
realizam embarques com regularidade.
A Aliança Navegação, empresa brasileira do Grupo Hamburg Süd, é a líder no transporte marítimo de containers entre portos brasileiros e renovou sua frota para atender à demanda do mercado.
Com o
investimento de R$ 700 milhões, importou quatro navios com capacidade de 3.800
TEU (Twenty Equivalent Unit: equivalente a um container de 20 pés, aprox. 6 m de comprimento) e dois de 4.800 TEU.
A empresa conta hoje com 11 navios e atua em 14
portos desde Buenos Aires até Manaus. A empresa movimentou 347 mil TEU em 2014, número 22% maior do que o volume de
2013.
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