Mas já na noite anterior começou a chover logo depois de chegarmos ao hotel. A previsão meteorológica era de chuva para a sexta-feira.
Logo depois de um café-da-manhã leve, seguimos para a planta da H-D em York, chegando lá por volta das 08:00 horas. A visita guiada começa oficialmente às 09:00, mas o pessoal da Battlefield Harley-Davidson, que visitamos na véspera, nos havia aconselhado a chegar bem cedo e pegar a primeira turma. Deu certo: já às 08:30 começamos a visita, que demorou cerca de 45 minutos.
Muito bem programado, o tour é feito por voluntários, que fazem este trabalho como uma atividade complementar em suas aposentadorias. O nosso guia era um funcionário federal aposentado, auxiliado por outro guia, um ex-bancário também aposentado. Não é permitida nenhuma fotografia dentro da fábrica e o pessoal de H-D é muito rígido com isto.
Fiquei bem impressionado com o que ví. Tive a oportunidade de visitar muitas fábricas de veículos, tanto no Brasil como nos EUA e em outros países. Conhecí linhas de montagem da Ford, Chrysler, General Motors, Toyota, Honda, Mercedes-Benz, Mack, Volvo, John Deer, Caterpillar, New Holland e outras.
Antes de visitar a Harley-Davidson em York, a fábrica que mais me impressionou foi a da Honda, no Alabama. Guardadas as devidas proporções, eu diria que a fábrica da Harley-Davidson em York está no mesmo nível de qualidade.
É impressionante a maneira com que os vários modelos são montados, tanto com partes e componentes produzidos na própria planta (paralamas, tanques, quadro, além da pintura) ou vindos de outras unidades da Harley (motores e transmissão, alforges e tour-pak, etc). Os cuidados na produção, o esmero no controle de qualidade, a preocupação quase fanática com os detalhes, revelam e reafirmam o compromisso em produzir uma das melhores motocicletas que existem no mundo.
A visita começa com um vídeo institucional mostrado no auditório do Visitors Center.
Todas as fases de produção nos foram mostradas na fábrica, com várias paradas durante o percurso para vídeos adicionais e oportunidade para tocarmos, literalmente, em vários componentes das motocicletas. É digno de nota a maneira como são montados e soldados os quadros (robôs, com revisão humana) e os detalhes da pintura (robótica e humana, alguns detalhes feitos à mão livre), detalhes e colocação de cromados. Na fase final da montagem, as motos são colocadas em funcionamento em estandes de testes, com as rodas girando em grandes rolos de material sintético, reproduzindo as condições em uma rodovia, inclusive os esforços na suspensão. Alguns modelos são, adicionalmente, verificados em circuito fechado e em ruas da cidade, fazendo um percurso total de 25 milhas (40 km) em condições diversas de pavimentação.
As motocicletas são montadas segundo critérios específicios para cada região: Estados Unidos em geral, Califórnia, Canadá, Europa, Ásia (Japão e China), Índia e América do Sul. As unidades destinadas ao Brasil são enviadas em partes e montadas na linha de montagem de Manaus.
No Visitor Center há uma exposição das várias etapas de montagem das motocicletas.
Deu, até, para sentir o "gostinho" do trike.
Depois do tour e de uma visita (quase obrigatória) à loja da fábrica, regressamos ao hotel, fizemos o check-out e nos preparamos para os 241 km (150 milhas) até Washington, que foram rodados debaixo de muita chuva.
Almoçamos num agradável restaurante em Silver Spring, MD, um dos subúrbios da capital.
No final da jornada, já devidamente alojados no Best Western Rosslyn/Iwo Jima (quase em frente do Memorial dos Fuzileiros Navais), nada como uma boa dose de Jack Daniel's, para encerrar um maravilhoso dia de viagem.
Mais fotos aqui.
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