Não discuto o fato de que a maioria dos acidentes são resultados de falha humana. Isto é constante em todas as modalidades de transporte.
Só faço algumas perguntas: será que os analistas não levaram em consideração o péssimo estado da maioria da rodovias (BRs ou SCs) que cruzam o Estado? Falta de manutenção ou o péssimo estado (ou ausência) da sinalização horizontal e vertical? A maioria das estradas que cortam o território catarinense não suporta o volume de veículos que transitam por elas. No total da malha rodoviária, a quilometragem duplicada é mínima. A grande maioria das estradas são de mão dupla e sem acostamento ou com acostamento deficitário. Já é folclórico e de conhecimento geral o fato de que os engenheiros brasileiros não sabem fazer uma ponte, ou um viaduto, no mesmo nível em que está a rodovia. Sempre há um “degrau”. Em alguns lugares, é quase um “muro”. Alguns exemplos: o viaduto de acesso à Itajaí, saindo da BR-101, é uma piada. O projetista deve ter sido um excelente funileiro, pois de engenharia de tráfego, com certeza, não entende nada! Além das diferenças de nível nas duas extremidades do viaduto, a curva que se deve fazer para acessar o viaduto, a partir da BR-101, desafia os melhores pilotos. É de 270 graus, com um raio mínimo. Na mesma rodovia, quem vai ao Distrito Industrial ou ao Aeroporto de Joinville, vindo do norte, deve ter um bom GPS instalado ou conhecimento prévio da região: não há nenhuma sinalização, nem mesmo uma que indique a “Saída” da rodovia. Eu duvido que as péssimas condições das estradas catarinenses, sejam estaduais ou federais, sejam responsáveis por menos de 5% dos acidentes no Estado (já que alguns devem ser decorrentes de falhas mecânicas). É, definitivamente, eu acredito em Papai Noel.
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