sexta-feira, 21 de março de 2014

Brasil - O Desastre Logístico


O Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial (Bird), que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países.


O Brasil passou a ocupar o 65º lugar no ranking. Trata-se da pior colocação desde que o ranking foi lançado, em 2007.

Paulo Fleury, diretor-geral do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), define o resultado como "desastroso" para o País:
– A hora da verdade chegou: o Brasil investiu bilhões em obras de infraestrutura de transporte que, por problemas de gestão não foram terminadas e está aí o resultado.
– Quando a primeira pesquisa foi realizada, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) havia acabado de ser lançado e a expectativa de melhora empurrou o indicador para cima por um tempo. Como as obras não saem do papel, mas a demanda por transporte aumenta, estrangulando o sistema, a frustração só fez aumentar e nem as concessões no ano passado conseguiram melhorar os ânimos – diz Fleury.

Levantamento do Ilos mostra que o atraso médio nas obras do PAC é de 48 meses. Há também enorme descompasso entre o custo orçado e o custo que se viu na prática. O aumento médio foi de 85%.


O Banco Mundial também divulgou a classificação dos países em seis itens específicos na área de logística e transporte, usados em conjunto para determinar a classificação geral. O segmento que o Brasil está mais bem colocado é na "qualidade e competência logística" (50ª posição) e o pior no "serviço de aduanas e alfândegas" (94ª). Na categoria "rastreamento e monitoração" está na 62ª e, nas "entregas internacionais", na 81ª.


Outros países da América Latina estão em posições bem melhores que a do Brasil, como Chile (42º lugar, o melhor classificado da região), México (50º) e Argentina (60º).


As três primeiras posições do ranking são ocupadas por países desenvolvidos – Alemanha, Holanda e Bélgica. Entre os últimos estão Somália, Afeganistão e República Democrática do Congo. 

Não há investimentos pesados em infraestrutura no Brasil desde 1985. As melhorias observadas em algumas BRs foram consequencias de privatização das vias.

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